terça-feira, 3 de junho de 2008

Um drama real

“Num tempo, página infeliz da nossa história, passagem desbotada da memória das nossas novas gerações”, o mundo sofria transformações irreversíveis. A música de Chico Buarque fala de um período de experimentações, novidades, utopias, contestações e sofrimentos. 1968 foi o ano da minissaia e da calça jeans, da pílula anticoncepcional, do sexo livre e dos prazeres das drogas. O ano das lutas feministas, pacifistas e estudantis. O ano dos grandes festivais de MPB. O ano da violência contra os contestadores, da morte de Martin Luther King, , da Primavera de Praga e dos protestos contra a Guerra do Vietnã e dos movimentos estudantis. 1968 foi um ano em que o mundo esteve em erupção. Um ano enigmático e ambíguo. Um ano de muitas conquistas, mas também de muitas perdas.


Quarenta anos depois, o ano mítico ainda é motivo de reflexões e discussões. Com esse propósito a Faculdade Estácio de Sá, de Belo Horizonte, organizou palestras e debates durante a mostra “1968, o sonho acabou?”. Terá mesmo 1968 representado um sonho? Para o organizador do evento, o jornalista Marcelo Freitas, o período deixou marcas no mundo e por isso pode ser classificado como um sonho. “Para alguns militantes políticos que foram presos e torturados e não conseguiram se recuperar, o sonho se tornou um pesadelo. Para outros, que conseguiram se recuperar, realmente foi um sonho que se transformou em realidade, ou não, e isso não reduz o significado do sonho de 68”, afirma o jornalista.


A peça "Cadeiras Cativas" do grupo teatral Rotunda, da Faculdade Estácio de Sá, encerrou a mostra de 68 abordando os dramas coletivos e pessoais. Dirigida por Cristiane Candido, o espetáculo mostra os sonhos e as realidades de um período que representa um marco histórico mundial.



Ouça a entrevista com a jornalista Hila Rodrigues sobre a importância do jovem nas transformações sociais.


Trecho da peça "Cadeiras Cativas", do grupo teatral Rotunda

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Os livros e a juventude

Os livros dedicados aos leitores em formação exercem importante papel na formação do indivíduo. Um instrumento de conscientização e desenvolvimento, o livro deve ser incentivado pelos pais para que a criança crie familiaridade com a leitura. Para levar à criança ao reino fantástico da leitura, os livros abordam temas lúdicos e elementos capazes de seduzir. Livros de pano, de plástico, coloridos são atrativos para quem ainda não sabe ler, mas já pode considerar a literatura como um forma de lazer. A boa narração e a leitura cênica também são aliados na hora de cativar os futuros leitores.


Quando a leitura não se torna um hábito ainda na infância, dificilmente veremos jovens que escolhem a ler por prazer e não por obrigação. Nas bibliotecas encontramos muitos jovens que buscam os livros para cumprir tarefas escolares, mas a juventude dificilmente coloca a leitura a frente de outras opções de lazer.


O advento da internet e a sua popularização distanciaram ainda mais os jovens da literatura. A sociedade do dinamismo busca cada vez mais facilidades e a leitura, por demandar mais tempo, acaba sendo deixada de lado.


No universo dos jovens com deficiência auditiva, os livros podem se tornar ótimos companheiros. O hábito solitário e silencioso não distingue pessoas capazes de ouvir sons, dos que não são.




Para a psicóloga Maria Alice Damasceno, a leitura deve ser incentivada pelos pais. Ouça a entrevista.




A Bibliotecária Rosângela Silva fala sobre a prática da leitura entre os jovens




* A imagem postada foi retirada do site guanabara.info


quinta-feira, 13 de março de 2008

Monografia: começo ou fim?

Monografias, projetos de pesquisa, debates científicos são assuntos comuns entre os alunos em fase de conclusão de cursos de graduação, mestrado e doutorado. A responsabilidade e a grandeza do trabalho costumam assustar os alunos. A diversidade de assuntos e a complexidade da temática, por vezes, acaba confundindo ainda mais os futuros profissionais. A equipe de jornalismo do Bafão on-line trocou experiências sobre a escolha do tema de monografias e a conversa gerou reportagens sobre o que cada um escolheu para pesquisa. Carol Santana vai analisar a cobertura jornalística do período da Ditadura Militar nos jornais impressos. Letícia Murta escolheu outra fase do período. Ela quer analisar as matérias vencedoras do Prêmio Esso durante o período de abertura política, que vai de Geisel a Tancredo. As duas optaram por temas de pesquisa e aprofundamento do conhecimento. Já Eduardo Dias e Eliane Reis optaram por trabalhos mais práticos. Eles escolheram áreas dentro da comunicação que querem explorar e atuar depois de graduados. Eliane Reis vai montar uma assessoria de comunicação para uma cooperativa de taxi e Eduardo Dias quer criar uma revista para o público gay. Ambos explicam que os projetos vão permitir o aprofundamento dos temas e dar chances para o ingresso no mercado.